quinta-feira, 26 de julho de 2012

até amanhã, até já, até logo



Falar de Noël de Medeiros Rosa (11/12/1910 – 4/5/1937) é quase chover no molhado. Compositor, cantor, violonista e boêmio profissional, assim foi Noel. Nascido em Vila Isabel, numa família de classe média baixa cujo sonho era vê-lo doutor em medicina... ele bem que tentou, mas o chamado da música foi mais forte, para nossa sorte. Noel Rosa revolucionou a letra da música brasileira, contando, como poucos, a cidade em transformação e as figuras populares. A revolução refletiu também na música, influenciada pelo batuque que vinha dos morros e dos subúrbios cariocas, da turma do Estácio, do Deixa Falar.
Grande cronista, admirado e celebrado desde a década de 1930 até os dias atuais. Autor de marchas, foxes, emboladas, valsas, foi no Samba que Noel se destacou. De sua primeira gravação aos 19 anos, até a derradeira antes dos 27 anos completos. Adeus é pra que deixa a vida, e o grande artista se foi, levado pela tuberculose, com choro, vela e fita amarela.
No dia 05/08, nossa roda de Samba fará homenagem a esse Sambista de valor inestimável, que revolucionou a letra, a música e a maneira de se fazer e de se cantar Samba. Contava Nássara, amigo pessoal, que certa vez encontrara Noel envolto por garrafas de cerveja e cálices de conhaque: “ – você está maluco, Noel? Doente e bebendo desse jeito?”. Ao que o boêmio respondeu: “ – Sabe o que é Nassara? Me disseram que cerveja alimenta. Como não sei comer sem beber, estou tomando um conhaquezinho pra acompanhar”.


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