terça-feira, 16 de julho de 2013

Você já foi à Bahia? Não??? Então vá!

Eu tinha não mais que dez anos de idade quando escutei um vinil do Chico Buarque chamado “Paratodos”. A música título caminhava pelas suas principais referências musicais, citando em primeiro lugar ‘Antônio Brasileiro’ (Jobim, para os mais íntimos), em segundo, Dorival Caymmi: “contra fel, moléstia, crime, use Dorival Caymmi”. Minha mãe, explicava a importância de cada um dos nomes citados na canção e, anos depois, mostrou-me um dvd em que o mesmo Chico falava da importância de Caymmi para a música brasileira, dizendo que ele fazia uma música que, de tão popular, era quase de domínio público. Difícil de imitar. Numa época em que a imitação tem cada vez mais espaço, Caymmi é cada vez mais raro e autêntico.
Dorival Caymmi por Bob Wolfenson (1995)
Nasceu, cresceu e cantou a Bahia como poucos, muito embora tenha vivido no Rio e em São Paulo também. Cantor, compositor, violonista, pianista, bandolinista, também foi pintor talentoso, retratando em verso e tinta a ginga da capoeira, Samba, candomblé e das ondas do mar. E como é doce morrer no mar, as ondas de Copacabana testemunharam os últimos suspiros de Caymmi, aos 16 dias do agosto de 2008. Cinco anos depois de sua partida, o Projeto de Samba Sibipiruna vem prestar singela homenagem a esse grande bamba, referência obrigatória a todos que se prestam a falar de Samba ou Bahia.

Vai ser no dia 04/08/13, a partir das 15h no Esquina 108 (Rua Julia Leite de Barros, 108, Barão Geraldo, Campinas – SP). E pode chegar, sendo ruim da cabeça ou doente do pé, quem não se rende aos encantos de Dorival Caymmi, bom sujeito não é.