Por Thiago 'Peixe' Franco
Poeta meu Poeta Camarada,
Poeta da Pesada do Pagode e do Perdão
Esse ano é de muitas homenagens e comemorações ao centenário do teu nascimento. Não que sejamos muito chegados nesses trem aí de protocolos, comendas, caviares e champagnes, mas já que é pra cantarolar umas canções e beber, não poderíamos estar de fora, né não?
Dentre as inumeráveis obras-primas que nos deixaste, escolhemos privilegiar as que imaginamos que combinam mais com o nosso sol escaldante de primavera-verão e com o tempero quente da Bahia que te encantaste com seus sabores e mitos. Enfim, umas musiquinhas que combinam mais com a batucada de nossa querida roda.
Lembraremos, claro, da bossa-nova e dos choros de flauta de Pixinguinha... Mas por falar em saudade, deixaremos aqueles versos dos bares de então – como que feitos com a própria lua – para nossas serestas pelas madrugadas adentro [Alô, povo Sibipirunense: assumamos esse agradável compromisso?!].
Nesse mais que perfeito domingo (que também é o dia do presente, por que não?) em que o teu Botafogo encara o calor de Goiânia comandado por um negro holandês (quem diria?), aqui nos cafundós do interiôrr de São Paulo – pra mor de tu morder a língua mais uma vez – estaremos reunidos de braços abertos em baixo de uma frondosa árvore (como aquelas que já moraram em nossos quintais) para beber, cantar e batucar a tua poesia que nos deu e nos dá tantos e tantos frutos.
Sem protocolos, sem comendas, sem caviar, sem champagne, nem gravata!
À benção, Poetinha, tu que também choraste em teus versos muitas das nossas dores de amor, Saravá!
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