quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Carta a Vinícius 2013

Por Thiago 'Peixe' Franco



Poeta meu Poeta Camarada,
 Poeta da Pesada do Pagode e do Perdão

Esse ano é de muitas homenagens e comemorações ao centenário do teu nascimento. Não que sejamos muito chegados nesses trem aí de protocolos, comendas, caviares e champagnes, mas já que é pra cantarolar umas canções e beber, não poderíamos estar de fora, né não?

Dentre as inumeráveis obras-primas que nos deixaste, escolhemos privilegiar as que imaginamos que combinam mais com o nosso sol escaldante de primavera-verão e com o tempero quente da Bahia que te encantaste com seus sabores e mitos. Enfim, umas musiquinhas que combinam mais com a batucada de nossa querida roda.

Lembraremos, claro, da bossa-nova e dos choros de flauta de Pixinguinha... Mas por falar em saudade, deixaremos aqueles versos dos bares de então – como que feitos com a própria lua – para nossas serestas pelas madrugadas adentro [Alô, povo Sibipirunense: assumamos esse agradável compromisso?!].

Nesse mais que perfeito domingo (que também é o dia do presente, por que não?) em que o teu Botafogo encara o calor de Goiânia comandado por um negro holandês (quem diria?), aqui nos cafundós do interiôrr de São Paulo – pra mor de tu morder a língua mais uma vez – estaremos reunidos de braços abertos em baixo de uma frondosa árvore (como aquelas que já moraram em nossos quintais) para beber, cantar e batucar a tua poesia que nos deu e nos dá tantos e tantos frutos.

Sem protocolos, sem comendas, sem caviar, sem champagne, nem gravata!

À benção, Poetinha, tu que também choraste em teus versos muitas das nossas dores de amor, Saravá!



Carta a Vinícius 2013

Por Thiago 'Peixe' Franco

Poeta meu Poeta Camarada,
 Poeta da Pesada do Pagode e do Perdão



Esse ano é de muitas homenagens e comemorações ao centenário do teu nascimento. Não que sejamos muito chegados nesses trem aí de protocolos, comendas, caviares e champagnes, mas já que é pra cantarolar umas canções e beber, não poderíamos estar de fora, né não?

Dentre as inumeráveis obras-primas que nos deixaste, escolhemos privilegiar as que imaginamos que combinam mais com o nosso sol escaldante de primavera-verão e com o tempero quente da Bahia que te encantaste com seus sabores e mitos. Enfim, umas musiquinhas que combinam mais com a batucada de nossa querida roda.

Lembraremos, claro, da bossa-nova e dos choros de flauta de Pixinguinha... Mas por falar em saudade, deixaremos aqueles versos dos bares de então – como que feitos com a própria lua – para nossas serestas pelas madrugadas adentro [Alô, povo Sibipirunense: assumamos esse agradável compromisso?!].

Nesse mais que perfeito domingo (que também é o dia do presente, por que não?) em que o teu Botafogo encara o calor de Goiânia comandado por um negro holandês (quem diria?), aqui nos cafundós do interiôrr de São Paulo – pra mor de tu morder a língua mais uma vez – estaremos reunidos de braços abertos em baixo de uma frondosa árvore (como aquelas que já moraram em nossos quintais) para beber, cantar e batucar a tua poesia que nos deu e nos dá tantos e tantos frutos.

Sem protocolos, sem comendas, sem caviar, sem champagne, nem gravata!


À benção, Poetinha, tu que também choraste em teus versos muitas das nossas dores de amor, Saravá!

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Dois Anos de Vida e Amizade !!!



Alguns não sabem, mas a roda de samba que acontece todo o primeiro domingo do mês no Esquina 108 é mais antiga do que o próprio Projeto de Samba Sibipiruna. Esta roda surgiu de um grupo de amigos que, em função do tempo e da distância, não tinham mais condições de se encontrarem para, através do samba, celebrarem as duas coisas mais importantes no mundo: a VIDA e a AMIZADE.
Tratava-se da necessidade de se criar no bairro onde a morávamos um espaço autêntico, alegre, aberto e de descontração para reencontrar e fortalecer os laços de camaradagem.

Neste sentido a roda de samba começou com a tentativa de agregar diversos grupos, personalidades e movimentos de samba da Região. Poderia citar como exemplo algumas pessoas Rafael Inácio Guilherme Fidelis (Casa Caiada), Ronaldo Gomes (Grupo Sem Tempo), Helder Bitencourt (Sinuca de Bico), Trovão Sambista, Família Pereira, Kurts Campos, Ramon, Chico Santana, Samuel Bussunda, Maíra Guedes, Diogo Nazareth, André “Tom”, Flávio Azevedo, André Lopes, Fernando “Sousa”, e alguns grupos e movimentos de samba tais como Saudosa Clotilde, Bateria Alcalina, União Altaneira, Pagode do Sousa, e assim por diante.

E como é de costume, alguns chegaram, outros se afastaram, alguns gostaram da ideia, outros teceram reticências. Tudo muito normal e tranquilo. Mas independentemente disso, o fato é que a roda de samba se tornou um projeto de samba e este projeto foi crescendo paulatinamente, a cada mês. Mais pessoas foram chegando, se enturmando e se apropriando da roda, integrando-se e incorporando-se a este núcleo pretérito de amigos e companheiros do samba e de vida.
Pois bem, o fato inusitado é que ao invés da roda se tornar um espaço de reencontro apenas, ela se tornou um momento para a constituição de novas amizades.

O Projeto de Samba Sibipiruna propicia todo o primeiro domingo de cada mês a possibilidade de novos encontros, novas relações e novas amizades. Muitos que na roda chegaram, não saíram mais, tornando-se grandes amigos, ajudando a construir todo o mês a nossa roda. Alguns exemplos são bem elucidativos: Maíra Sampaio, Douglas Garzo, Guilherme Lamas, Carla Vizeu, Rafael Yasuda, Thiago “Peixe”, Lilian, Flávia, Warner (Booke), Carlos Eduardo, Anisha, Alessandro, João Carlos Rocha, Simone Silva, Franco Villalta, Camila, Patríssia Kasai, Tatiana Rocha, e tantos outros que me fogem à memória.

Acredito, portanto, que a amizade e o espaço aberto e participativo de encontros e reencontros de pessoas queridas através do samba, uma das formas autênticas e tradicionais de sociabilidade em nosso país, seja a raiz mais profundo daquilo que passamos a chamar de Projeto de Samba Sibipiruna. Não que todos se amem, ou que não haja problemas em nosso projeto. Não é esta a questão. O ponto é que estas características são elos norteadores das nossa roda, mesmo que não tenhamos consciência plena disso. Pois é o que dá razão à sua existência através da nossa vontade de estarmos presentes naquela humilde roda.

Que este segundo aniversário do Projeto de Samba Sibipiruna seja um dia especial, que celebremos a amizade, agreguemos nossos semelhantes, superemos qualquer forma de segregação e opressão, conforme escrito na faixa exposta pelo primeiro casal “formado” na nossa humilde roda: Maíra e Douglas.


O Convite está feito, dia 06 de outubro, no bar Esquina 108, a partir das 15 horas, uma festa com direto a sambas autorais, capoeira e uma roda de samba super empolgante.