terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Sambista do asfalto, João Nogueira




Tornou-se poeta após um beijo na boca. E tinha na boca os versos de encantar nossos corações.
João Nogueira, carioca e sambista veio ao mundo no dia 12 de novembro de 1941 e trouxe a beleza com os seus versos e sambas que contam sobre os amores perdidos, sobre os abandonos dilacerantes, cantava as esperanças e as lutas das nossas vidas e declamava o cotidiano que nos engole.
Cronista da alma humana desde menino conviveu com o samba, seu pai João Batista Nogueira fora violonista e tocava junto com o Pixinguinha. João teve seu primeiro compacto gravado em 1972, período também que entrou para a ala dos compositores da Portela.
No final da década de 70, em 1979, criou o “Clube do Samba” com sede em sua própria casa, nesse grupo encontramos grandes nomes dos sambistas e compositores como Martinho da Vila, Clara Nunes, Beth Carvalhos entre muitos.
João se foi no dia 5 de junho de 2000, morreu do coração, deixando naquele peito calado um bocado de verso.

Dia 06/01/2013, primeiro domingo do ano, o Sibipiruna vai homenagear o sambista do asfalto, João Nogueira



Marcílio, meu pai












Depoimento de Douglas  Garzo sobre a música “Espelho”

 Me identifico bastante com a música “Espelho” de João Nogueira, lembro de quando eu era pequeno meu pai tocando o velho violão de cordas de aço, tirava musicas de ouvido e fazia pontiados junto aos amigos que vinham em casa, sempre me imaginava tocando como ele. Infelizmente já não tenho mais meu velho pra tirar o medo e vejo a falta que ele ainda hoje faz, mas sei que ele me vê lá do céu e acredito sim que ele deva ter vaidade e até mesmo orgulho seu filho ser igual ao que ele foi, poeta não sou  mas também tão habituado com o adverso igualmente temo se eu dia me machuca o verso O MEU MEDO MAIOR AINDA É O ESPELHO SE QUEBRAR.
Obrigado João Nogueira  por tão belas palavras que tenho certeza que assim como eu muitos se identificam com tão bela música.


2 comentários:

  1. Realmente "Espelho" é um dos mais belos sambas brasileiros e a interpretação de João Nogueira é sincera e emocionante. Mas vamos fazer justiça com o autor da letra, que não é o grande João e sim seu parceiro nessa e em muitas outras grandes músicas brasileiras, com vários compositores do primeiro time: Paulo César Pinheiro.

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  2. permitam-me a correção, a letra é de ambos. João tinha um tema, homenageando seu pai, mas a letra empacou. Pediu a Paulo Cesar que a continuasse e assim foi feito. A história específica da letra pode ser encontrada no livro "histórias das minhas canções", do próprio Paulo Cesar, vale a pena a leitura! abraços

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