Novembro de 1999. Há treze anos, despedia-se do palco da vida Zé Keti da Portela. Autor de clássicos da música popular brasileira, como A Voz do Morro ("Eu sou o Samba/ a voz do morro sou eu mesmo, sim senhor"), Máscara Negra ("Quanto riso, ó, quanta alegria/ mais de mil palhaços no salão"), dentre inúmeros outros, ingressou na Ala de Compositores da Portela na década de 1940, conquistando grande respeito e admiração. Apesar do estrelato, era alheio à própria fama, graças ao jeito recatado, quase tímido, que desde a infância lhe rendera o apelido - "zé quieto", "zé quietinho", não era muito chegado a exibicionismos e vaidade excessiva.
Ligado às questões sociais, como se percebe em Acender as Velas ("O doutor chegou tarde demais/ porque, no morro,/ não tem automóvel pra subir,/ não tem telefone pra chamar/ e não tem beleza pra se ver/ e a gente morre sem querer morrer"), 400 anos de favela ("barracão de zinco perfurado/ quando chove, durmo no molhado") ou ainda a subversiva Opinião ("podem me prender, podem me bater,/ podem até deixar-me sem comer"), cujo título batizou um espetáculo de grande repercussão, recém instaurada a ditadura militar de 1964.
Lembro-me da notícia sobre seu falecimento, um coro de muitas pessoas cantando músicas de sua autoria, numa despedida muito emocionante. O coro, desta vez, é por nossa conta: No dia 04/11/12, o Projeto de Samba Sibipiruna fará homenagem a Zé Keti da Portela. Venha somar, a partir das 15h, na Rua Julia Leite de Barros, 108, Barão Geraldo, Campinas. Quem está pedindo é a voz do povo de um país.
Lembro-me da notícia sobre seu falecimento, um coro de muitas pessoas cantando músicas de sua autoria, numa despedida muito emocionante. O coro, desta vez, é por nossa conta: No dia 04/11/12, o Projeto de Samba Sibipiruna fará homenagem a Zé Keti da Portela. Venha somar, a partir das 15h, na Rua Julia Leite de Barros, 108, Barão Geraldo, Campinas. Quem está pedindo é a voz do povo de um país.
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