segunda-feira, 25 de junho de 2012

E malandro é malandro e mané é mané !!!




José Bezerra da Silva, nascido em  fevereiro de 1927, é considerado o maior nome de uma modalidade de samba muito especial. O Samba “suburbano”, se é que exista um samba não suburbano.
Mas o fato é que Bezerra da Silva foi o intérprete que melhor cantou os problemas de seu povo, o cotidiano da periferia, os problemas dos excluídos e marginalizados com a opressão e repressão (polícia e política). Assim, Bezerra é porta-voz de uma gama de compositores desconhecidos, suburbanos e talentosos.
Sua voz malandreada, seu jeito nordestino de cantar (visto que é oriundo de Recife – PE), e suas músicas que rondam à margem da contravenção, da ironia do cotidiana e das contradições vividas pelo seu povo,  têm a capacidade de fazer cantar e dançar jovens, senhores e adultos.
Por todos estes motivos, Bezerra da Silva é considerado o embaixador dos morros e favelas, instrumentalizando sua voz, suas canções para denunciar os problemas de um país desigual e injusto.
Assim, nossa querida Sibipiruna tem o maior prazer de cantar e homenagear o “bom malandro”. O Convite está feito: 01/07/2012, a partir das 15 horas.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

dois minutos de silêncio


Seu Nenê do Cavaco

A história de um Sambista de talento inato, vencedor de muitos carnavais, que ao se despedir da vida, deixa uma obra desconhecida pelo público e cai rapidamente no ostracismo. Esta crônica, paradoxalmente, parece atemporal. O endereço também poderia variar imensamente. Aconteceu na década de 1940 na Bahia, ou na década de 1960 em São Paulo? Ou será que foi na década de 1920 no Rio de Janeiro? Ou está acontecendo agora mesmo, aqui mesmo, sem que possamos nos dar conta?

Há exatos dois anos (18/06/2010), Campinas perdia um dos maiores representantes do seu Samba. Compositor vencedor de muitos carnavais pela Estrela D’Alva, escola de seu coração, Álvaro Matheus, mais conhecido como Seu Nenê do Cavaco, foi o responsável pela introdução de vários Sambistas da região ao instrumento que lhe apelidava. Escrevia este texto quando recebi, pelo amigo Helder Bittencourt Peruch, a notícia de que outro grande Sambista da vanguarda de Campinas, Juninho Fortaleza, também falecera.

Juninho Fortaleza
Aos parentes e amigos mais próximos, nossos sentimentos. Nosso projeto, posto que objetiva fortalecer a cultura do Samba como parte de nossa própria identidade, tem como uma das missões a de não deixar que se percam as histórias desses artistas de talento ímpar e pouco reconhecimento por parte da grande mídia. Sejamos a diferença que queremos ver em nossa cultura.