Eu tinha não mais que dez anos de
idade quando escutei um vinil do Chico Buarque chamado “Paratodos”. A música
título caminhava pelas suas principais referências musicais, citando em
primeiro lugar ‘Antônio Brasileiro’ (Jobim, para os mais íntimos), em segundo,
Dorival Caymmi: “contra fel, moléstia, crime, use Dorival Caymmi”. Minha mãe,
explicava a importância de cada um dos nomes citados na canção e, anos depois,
mostrou-me um dvd em que o mesmo Chico falava da importância de Caymmi para a
música brasileira, dizendo que ele fazia uma música que, de tão popular, era
quase de domínio público. Difícil de imitar. Numa época em que a imitação tem
cada vez mais espaço, Caymmi é cada vez mais raro e autêntico.
Dorival Caymmi por Bob Wolfenson (1995) |
Vai ser no dia 04/08/13, a partir
das 15h no Esquina 108 (Rua Julia Leite de Barros, 108, Barão Geraldo, Campinas
– SP). E pode chegar, sendo ruim da cabeça ou doente do pé, quem não se rende
aos encantos de Dorival Caymmi, bom sujeito não é.